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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maquiando a docência

     Odeio aquela propaganda do governo federal sobre a profissão de professor. O comercial começa mostrando países bem sucedidos e desenvolvidos. Então vem a pergunta: "Na sua opinião, quem é o responsável por tudo isso?", que é respondia por uma pessoa de cada país mostrado. A resposta é uma só: O professor.
     Incrível! Parece mesmo que o professor, no Brasil, é tão valorizado quanto em países como Suíça, Alemanha, China, etc. Um estudo da UNESCO mostra que,  o salário anual de um professor do ensino fundamental, no Brasil, em média, é de US$ 4.818. É metade do encontrado aqui pertinho em nossos vizinhos como Uruguai US$ 9.842 ou Argentina US$ 9.857.
     Vejam só, o governo tenta passar uma imagem de boa situação do professor, fazendo um convite: "Seja um professor." e além disso, ainda atribui, implícitamente, a responsabilidade da evolução do país à classe docente.
Poderia, também, o comercial mostrar o seguinte questionamento: "Quanto ganha um professor em seu país?"
     Não entendo como um país tão rico e já em desenvolvimento, ainda tenha uma educação tão fraca.
E a culpa é de quem? Todo o sistema diz que é do educador, é claro. Entenda, falo aqui da educação pública. Como pode haver qualidade sem as condições mínimas. Não estou falando de estados como Paraná, Rio Grande Sul, Santa Catarina, onde o ensino é bom, ou mesmo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Mas veja as condições de ensino no Piauí, Ceará, Maranhão, ou mesmo Tocantins que tem  condições um pouco melhores que estes. 
Se o profissional da educação fosse realmente valorizado e bem remunerado, tivesse condições para trabalhar, e não fosse um refém do aluno, talvez fizesse do Brasil um país de desenvolvido. 

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