Placar Futebol

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Triste Funeral
Wystan H. Auden
Tradução: Hallano H. Cardoso

Parem todos os relógios e à voz do telefone ocultais,
Ao cão joguem um osso para que não ladre mais.
Silenciem os pianos e abafem os tambores.
Tragam o caixão e deixem vir os pranteadores.

Que aviões voem em círculos gemendo:
"Ele está morto", é a mensagem que no céu irão escrevendo.
Coloque no pescoço das pombas brancas, fúnebre adorno.
Que o sinaleiro preste luto com luvas de negro contorno.

Ele era meu Norte, meu Sul, minha aurora e meu ocaso.
Meus dias de trabalho e o meu repouso, no entanto.
Meu meio-dia, minha noite, minha fala, e meu canto.
Julguei ser o amor eterno – errado eu estava neste caso.

Apaguem-se todas as estrelas sem demora.
Esconda-se a lua e escureça-se o sol agora.
Desapareça o oceano e varram a floresta.
Pois para mim, nada de bom hoje me resta.

Este poema de W. H. Auden, escrito em 1936 (primeira versão) aparentemente fazia analogia ao desaparecimento de um líder político. Desde então este poema tem sido usado na cultura ocidental européia para expressar um sentimento de forte dor de perda e de luto seja individual, seja coletivo.
Em maio de 2010 os times de Liverpool e Juventus citaram o poema como um tributo às 39 vítimas da tragédia ocorrida em maio de 1985 em um jogo entre os dois times de futebol.
O poema ficou bastante conhecido dos brasileiros ao aparecer no filme "Quatro Casamentos e um Funeral" declamado por Matthew (Jonh Hannah) em homenagem ao seu companheiro morto. E foi musicado em vários trabalhos da música atual. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Horário Escolar

Sabem de coisa mais estressante que ficar horas e horas sentado numa mesa com um lápis e uma borracha elaborando um horário de aulas para a escola? Eu não sei. 
 Há horas estou aqui sentado à mesa, tentando encaixar estas peças do quebra-cabeça que insistem em não encaixar. Parece coisa mandada... Eu heim!
Hoje em dia existe uma safra de programas de computador que são capzes de gerar o horário e deixá-lo prontinho para a escola. Agora alguém deve está se perguntando: "E por que será que ele não usa um destes então?" A questão é que os tais programinhas, já, já coloco os links, não o fazem da maneira que preciso. Na escola em que trabalho há dois dias em que há cinco ( 5 ) aulas e dois dias em que há seis ( 6 ) aulas. Estes programas só elaboram o horário com um número fixo de aulas. Ou são 5 ou 6. É claro que há, sim, programas que fazem da forma que necessito, entretato as joinhas são pagas e custam "os olhos da cara". Então, vou continuar aqui, rachando a cuca. 
Os links para os programas gratuitos estão aí:

http://timescool.lotimiza.com/  No Time'SCool basta fazer um cadastro no site. Não é  preciso fazer download. Demora um pouco pra fazer o trabalho.

http://ziggi.uol.com.br/downloads/asc-timetables  Este é  preciso baixar. Também é muito bom. Na verdade é melhor.


Há ainda programas pagos que fazem proezas, não só horários de aula, mas também muito mais coisas que podem ser de grande utilidade para uma escola grande, onde haja muita dificuldade para fazer um quadro de horário de aulas com muitas exigências.
Dois dos que pesquisei, são os melhores no que concerne às suas funções: Zathura e Urânia.
Quem estiver interessado, é só pesquisar no google que os encontra fácil, fácil. 


É isso aí. Até mais!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maquiando a docência

     Odeio aquela propaganda do governo federal sobre a profissão de professor. O comercial começa mostrando países bem sucedidos e desenvolvidos. Então vem a pergunta: "Na sua opinião, quem é o responsável por tudo isso?", que é respondia por uma pessoa de cada país mostrado. A resposta é uma só: O professor.
     Incrível! Parece mesmo que o professor, no Brasil, é tão valorizado quanto em países como Suíça, Alemanha, China, etc. Um estudo da UNESCO mostra que,  o salário anual de um professor do ensino fundamental, no Brasil, em média, é de US$ 4.818. É metade do encontrado aqui pertinho em nossos vizinhos como Uruguai US$ 9.842 ou Argentina US$ 9.857.
     Vejam só, o governo tenta passar uma imagem de boa situação do professor, fazendo um convite: "Seja um professor." e além disso, ainda atribui, implícitamente, a responsabilidade da evolução do país à classe docente.
Poderia, também, o comercial mostrar o seguinte questionamento: "Quanto ganha um professor em seu país?"
     Não entendo como um país tão rico e já em desenvolvimento, ainda tenha uma educação tão fraca.
E a culpa é de quem? Todo o sistema diz que é do educador, é claro. Entenda, falo aqui da educação pública. Como pode haver qualidade sem as condições mínimas. Não estou falando de estados como Paraná, Rio Grande Sul, Santa Catarina, onde o ensino é bom, ou mesmo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Mas veja as condições de ensino no Piauí, Ceará, Maranhão, ou mesmo Tocantins que tem  condições um pouco melhores que estes. 
Se o profissional da educação fosse realmente valorizado e bem remunerado, tivesse condições para trabalhar, e não fosse um refém do aluno, talvez fizesse do Brasil um país de desenvolvido.